Foram 8,85 milhões de cabeças no terceiro trimestre de 2023, mas rendimento por animal caiu ao menor nível desde 2018
Os abates de bovinos no Brasil somaram 8,85 milhões de cabeças de julho a setembro de 2023. O resultado trimestral é 11,15% superior ao do mesmo período do ano passado e o maior registrado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) desde 2013.
O número reflete a maior disponibilidade de animais no mercado doméstico, devido ao ciclo pecuário. Nos últimos anos, os pecuaristas retiveram matrizes para aproveitar os preços mais altos dos bezerros. Agora, esses animais chegam ao mercado prontos para o abate.
O movimento de aumento da oferta de animais começou a ser percebido no início de 2022. Desde então, o volume de abates tem crescido, beneficiando frigoríficos, que compram sua principal matéria-prima mais barata.
Os 8,85 milhões de animais abatidos entre julho e setembro renderam 2,35 milhões de toneladas de carcaça bovina (carne ainda com osso). Apesar de o número representar um crescimento de 8,9% ante o mesmo período de 2022, esconde um dado relevante: o rendimento foi menor.
Na prática, o Brasil está produzindo menos carne por animal. No terceiro trimestre deste ano, cada cabeça gerou 244,59 quilos de carcaça. Esse rendimento foi 10% inferior aos 271,86 quilos produzidos por animal no terceiro trimestre de 2022, e desceu ao menor patamar dos últimos cinco anos.
FRANGO E SUÍNOS
Segundo o IBGE, os abates de frango entre julho e setembro de 2023 cresceram 3,1%, em comparação ao terceiro trimestre do ano passado, para 1,57 bilhão de aves. Assim, a produção voltou a crescer, depois da queda registrada no segundo trimestre do ano.
Já os abates de suínos tiveram um modesto aumento de 0,5% em comparação ao ano passado e fecharam o terceiro trimestre em 14,6 milhões de cabeças abatidas. O desempenho também representa uma retomada, depois da queda observada no segundo trimestre.
FONTE: https://www.infomoney.com.br/business/abate-bovinos-no-brasil-cresce-11-e-e-o-maior-em-dez-anos/
