Calor, desidratação e umidade: veja como prevenir as dores de cabeça causadas pelas altas temperaturas

Aumento nos termômetros pode agravar quadros de cefaleia e de enxaqueca

Não se fala em outra coisa: o calor veio com tudo, e, com ele, as consequências provocadas no organismo. Entre as reações que podem ocorrer nessas altas temperaturas, está aquela incômoda dor de cabeça.

De acordo com o cardiologista André Casarsa, da Rede D’Or, o aumento nos termômetros pode, sim, intensificar tais dores.

Isso ocorre, principalmente, como resposta à desidratação. Somados a isso, outros fatores ambientais, como umidade do ar e pressão arterial, também podem influenciar no aparecimento dos incômodos.

Já as enxaquecas, embora não sejam ocasionadas pelo clima, podem ser intensificadas por ele.

“A enxaqueca é uma doença crônica. Indivíduos com história de enxaqueca podem ter suas crises pioradas por consequência da exposição a temperaturas elevadas. Evitar a exposição solar excessiva, beber água adequadamente e resfriar a cabeça com compressas de água fria são medidas que podem aliviar os sintomas das crises. O uso indiscriminado de analgésicos e anti-inflamatórios pode piorar os sintomas ao invés de ajudar.”

Ele diz ainda que, por mais que seja difícil diferenciar a dor de cabeça causada pelo calor das demais causas, uma das características que ajudam a defini-la é que, normalmente, a cefaleia pelas altas temperaturas é de baixa intensidade, com sensação de peso ou pressão na cabeça.

O neurocirurgião Orlando Maia afirma que a prevenção dos episódios consiste, basicamente, em manter a hidratação adequada e o controle da umidade do ambiente.

O cardiologista André Casarsa ressalta que manter uma alimentação leve, evitando alimentos ricos em sódio e açúcares, assim como bebidas alcoólicas, ajuda a manter o equilíbrio do organismo e evitar a desidratação.

É importante, também, manter uma rotina de sono e descanso diário para ter um funcionamento cerebral adequado.

“Idosos e crianças são exemplos de grupos com fatores de risco para desidratação e, por conseguinte, cefaleia. Entretanto, os portadores de cefaleia crônica são mais sensíveis a mudanças de temperatura e podem ser vítimas de novas crises”, alerta Maia.

Segundo especialistas, uma vez instalada a dor de cabeça, deve-se manter repouso e fazer uso moderado de medicamentos analgésicos. Caso os sintomas se mantenham, é aconselhada a busca de ajuda profissional.

O verão ainda nem chegou ao Hemisfério Sul, mas as ondas de calor já estão intensas no Brasil, especialmente em 13 estados e o Distrito Federal, que receberam um alerta vermelho (grande perigo) do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

Isso significa que a situação do país, especialmente nessas regiões, é preocupante. A cidade de São Paulo, por exemplo, chegou a 38ºC na última segunda-feira (13) e bateu um recorde que já durava 80 anos — desde 1943. Já o Rio de Janeiro, mais especificamente no bairro Guaratiba, atingiu sensação térmica 552,7ºC.

Como o calor intenso já é uma certeza, qual a melhor forma de sobreviver aos próximos dias? O que fazer e o que evitar nesse período?

HIDRATAÇÃO

Parece óbvio, mas manter a hidratação é ainda mais essencial nos dias mais quentes. É preciso ingerir água regularmente e estar atento aos sinais de desidratação, como boca seca, dores de cabeça e sonolência.’No calor perdemos mais líquido, então precisamos manter uma hidratação adequada’, explica Thiago Piccirillo, clínico geral da rede de Hospitais São Camilo de São Paulo

Thiago ainda complementa que, em dias normais, a média de ingestão diária de água deve ser de oito a dez copos. Em períodos de calor intenso ou em exercícios físicos, essa quantidade salta para de 150 a 250 ml a cada 15 ou 20 minutos.

EVITE EXPOSIÇÕES

Mesmo que a prática de exercícios ou uma simples caminhada ao ar livre sejam benéficas para a saúde, no calor extremo, a melhor escolha é evitar essas práticas nos horários mais quentes do dia — entre 11h e 16h, principalmente 12h. 

Piccirillo é direto quanto à exposição prolongada: ‘Ficar embaixo do sol, nem pensar’. Por isso, ele aconselha que haja uma readequação de horário e uma redução em atividades físicas extremas (mais extenuantes), porque podem levar a hipotensão, mal-estar, tontura e até desmaio.

ROUPAS CLARAS

Uma maneira de tentar driblar as altas temperaturas é escolher roupas mais leves e claras, em vez das pretas. As peças escuras retêm mais calor, o que é ruim para os dias quentes.

FONTE: https://noticias.r7.com/saude/dor-de-cabeca-no-calor-17112023

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