WASHINGTON (Reuters) – O Departamento de Comércio dos Estados Unidos adicionou nesta sexta-feira 42 empresas chinesas a uma lista de controle de exportação do governo devido ao seu apoio à base militar e industrial de defesa de Moscou – apoio que inclui o fornecimento de circuitos integrados de origem norte-americana.
Outras sete entidades da Finlândia, Alemanha, Índia, Turquia, Emirados Árabes Unidos e Reino Unido também foram adicionadas à lista de controle de exportação comercial.
Os circuitos incluem microeletrônica que a Rússia utiliza para sistemas de orientação de precisão em mísseis e drones lançados contra alvos civis na Ucrânia, informou o Departamento de Comércio em comunicado.
As adições de hoje à Lista de Entidades fornecem uma mensagem clara: se você fornecer ao setor de defesa russo tecnologia de origem norte-americana, descobriremos e tomaremos medidas”, disse o secretário adjunto para Fiscalização de Exportações, Matthew Axelrod, no comunicado.
A China chamou a ação dos EUA de “coerção econômica e intimidação unilateral”.
“Os Estados Unidos deveriam corrigir imediatamente as suas práticas erradas e parar com a repressão irracional das empresas chinesas”, afirmou o Ministério do Comércio da China num comunicado.
Já se passaram 20 meses desde que a Rússia invadiu a Ucrânia. Um ataque com mísseis russos numa aldeia no nordeste da Ucrânia matou na quinta-feira pelo menos 52 pessoas, num dos ataques mais mortíferos de sempre.
As empresas são adicionadas à Lista de Entidades dos EUA quando Washington as considera uma ameaça à segurança nacional ou à política externa dos EUA. Os fornecedores devem então receber licenças geralmente difíceis de obter antes de enviar mercadorias para as entidades da lista.
FONTE: https://www.reuters.com/world/us-adds-42-chinese-entities-trade-black-list-over-russia-military-support-2023-10-06/